quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dia do Índio



Para comemorar o dia do índio, o grupo de voluntariado da Cedro convidou alunos de três escolas do nosso município para assistirem uma apresentação de integrantes da Tribo Aranã. Essa apresentação aconteceu no Clube Social de Caetanópolis e os alunos puderam aprender um pouco mais sobre a cultura e vida indígena. 

Vejam um pouco da história desse povo:
O Povo Aranã é um dos subgrupos da grande família Botocudo e, tinham um território no Vale do Rio Urupuca, o qual se estendia desde o município de Capelinha até Poté e Malacaxeta. No século XIX, uma parte do Povo Aranã foi transferido para o aldeamento de Itambacuri. Como era de costume nessa época, um menino Aranã foi entregue a uma das famílias colonizadoras do Vale do Jequitinhonha. Manoel Indio se casou e teve 03 filhos, sendo o mais novo Pedro Inácio Indio (Pedro Sangê), o patriarca dos atuais Aranã. Pedro Sangê casou-se duas vezes e teve 13 filhos, sendo 03 do primeiro casamento e 10 do segundo. Desafiando o sistema dominante, Pedro registrou seus filhos com sobrenome Indio, ato que marca memória e identidade do grupo.
Na Fazenda Campo, Pedro Sangê se fixou e construiu uma vida em comum com sua família. Nesta fazenda os Aranã habitaram e consolidaram uma vida em comunidade mediada pela figura do patriarca Pedro Sangê. O cotidiano vivido nessa fazenda é sempre lembrado pelos que lá moraram. Os trabalhos diários, os momentos de religião, de festa, as brincadeiras, a localização de cada casa, a união da comunidade para construção da capela, a lembrança do cemitério onde eram enterrados pessoas da família.
Em junho de 2003 sai o reconhecimento oficial do Povo Aranã que desde então luta por uma terra. Estando num território é possível articular a comunidade para decisões importantes como o incentivo a proteção ao meio ambiente, através do plantio de árvores nativas, apoiar o acesso à educação formal, o resgate de sua cultura, de sua língua, que é de grande importância principalmente pelas crianças, que é o futuro do Povo Aranã e uma forma de resistência, bem como divulgação da cultura e da história indígena, através do apoio à produção do artesanato indígena, da adesão a movimentos culturais indígenas e promoção de intercâmbio cultural com outros povos indígenas e outros movimentos culturais do vale do Jequitinhonha, do Estado e do País.










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